Escrever é fácil ...
Semana passada recebi o link de um texto da Martha Batalha, que escreve uma coluna no jornal O Globo, com uma mensagem: "lembrei de você“. Me perguntei: por que?
O nome do texto era: “A escritora profissional senta para escrever". Ali ela descreve o quanto a sua vida de mãe-mulher-madura atravessa a sua rotina de escrita:
Quarta pela manhã. A escritora profissional acorda disposta para mais um dia dedicado à literatura. Ela faz o café, põe a mesa, dá comida para o cachorro, prepara os sanduíches do almoço, acorda os filhos, diz “não esquece de levar o trompete”, “não esquece de levar a lancheira”. Ela sai de carro para a escola, volta, arruma a cozinha, bota a louça na máquina, toma outro café e se tranca no quarto.
E eu só penso: meu Deus, a Martha sou eu.
Eu não sou escritora profissional, mas escrever (aqui incluo news, e-mails, mensagens de whatsapp, slides, aulas, livro (será que sai?), conteúdos) é parte substancial do meu atual trabalho.
Aqui em casa eu tento impor rotina. Eu juro que tento (minha família me considera um General). Mas isso não garante a paz pra trabalhar. Cedo então: esqueça.
E eu estou aqui sentada, lendo o texto da Martha, mas 5 minutos antes eu estava escrevendo pra equipe sobre as tarefas do dia. Nisso, meu filho de 7 anos vem e pergunta qual a cor da tatuagem de canetinha que eu quero: Rosa ou Roxo. Respondo Rosa. Rosa claro ou rosa escuro? (Meu Deus, tanto faz..) Rosa Claro.
Malu interrompe a sessão de tatuagem indaga sobre a roupa "roxinha" do ballet. Não quer ir com a roupa nova. Vai tomar banhoooooo, Bentoooooo. Pode ir com a meia preta, por baixo da calça, com a bota nova, sim.
Lembro de mandar mensagem pra moça que me ajuda a escrever narrando minha crise de recém-escritora de um futuro livro. O livro empacou na página 120!!! Volto pra equipe com o texto e link da mensagem do whatsapp, com meu tom de voz, para enviar ao grupo de pré-venda da Formação em Finanças Comportamentais. Mãe vamos brincar de fazer pizza? Isso não são nem 10:30 da manhã.
Mas eu tenho a tarde toda pra escrever… e também pra resolver as 199 coisas pendentes da casa e da empresa. Além de ter que comprar o que falta para a viagem das férias de julho e as lembrancinhas do aniversário da Malu, que é no final do mês.
É isso. Não é reclamação. É a minha realidade. Às vezes me culpo e outras me desculpo pela falta de qualidade do que escrevi (saudades do que a gente não escreveu).
Não vivo sob condições ideais de temperatura e pressão para escrever. Mesmo que seja um simples e-mail ou esta news que você está lendo. Aliás, isso vem desde 2019, pois quando comecei o Neuroeconomia já era mãe de 1 e tinha outro emprego paralelo. Desde então, eu vivo no mundo do possível.
Hoje não teve grandes sacadas ou ensinamentos sobre dinheiro (pelo menos não diretamente).
Mas você pode tirar uma lição valiosa: tudo é CONTEXTO. E o meu não me permite a perfeição (muito menos resultado rápido).
O que o seu atual contexto não te permite?
Beijos e até a próxima!
Carol
Você tá lendo a news,
eu tô em Gramado-RS em alguma fila de parque
e quem é esperto tá no nosso grupo de pré-venda da última turma de 2025 da Formação em Finanças Comportamentais.