Mães zelosas
Pais corujas
Vejam como as águas de repente ficam sujas
Não se iludam
Não me iludo
Tudo agora mesmo pode estar por um segundo
Tempo Rei - Gilberto Gil
Na cultura indígena, a morte não é um fim, mas uma transição. No hinduísmo, a morte é transição de um corpo para outro; o "eu" continua. E muitas culturas africanas, mortos continuam influenciando os vivos. Na cultura ocidental, a morte é o fim.
A forma como cada cultura & religião lida com a morte reflete:
A visão de tempo (linear ou cíclica),
A relação com o corpo e com o sofrimento,
O papel da comunidade na vida e na morte,
E a maneira como o luto é vivido ou reprimido.
Encarar a morte como o fim de tudo também nos impulsiona ao famoso “a vida é agora". Só que em mundo capitalista e no qual andamos com outdoors na palma da mão, a vida é agora = comprar.
A morte de uma pessoa pública como a Preta Gil, muito apegada a vida e de personalidade solar, nos causa extremo desconforto. A mesma coisa com a turista Juliana, que morreu realizando o sonho de viajar o mundo. É impossível não se deixar levar pela tristeza e desesperança. Encarar o fim é algo que evitamos a todo tempo.
Woody Allen dizia resolver essa questão existencial fazendo filmes. Isso o distraía para não pensar no fim inevitável de todos nós. Difícil é nos distrair erodindo nossos próprios sonhos.
Já falei sobre como emoções negativas são gatilhos para nos fazer agir de forma impulsiva e contra nossos interesses nessa news aqui.
Pra sonhar e realizar, é preciso ter liberdade de tomar decisões. E isso só se alcança com independência financeira. Ela é a mãe de todas as independências e realmente nos deixa livres para vivermos a vida da maneira que desejamos.
Em tempo: liberdade não necessariamente é ter mais dinheiro. Mas com certeza é saber manejá-lo.
Nessa segunda triste, desejo isso: uma vida como menos distrações e mais tração pra conquistar o que faz sentido na sua vid ;)
Beijos
Carol